
Proteção, cuidado e atenção básica aos animais são os principais serviços do Projeto Carroceiro, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). Essa iniciativa tem transformado o bem-estar dos animais que vivem na capital paraense e em outros municípios do estado.
Cerca de 160 cavalos, burros e jumentos usados por charreteiros na ilha de Maiandeua, nordeste paraense, devem receber atendimento médico veterinário e vacinação antirrábica de 21 a 23 de agosto (das 08h às 16h, no sábado até 12h). A atividade faz parte da XXVII Ação itinerante do Projeto Carroceiro, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). Um grupo de 15 pessoas do projeto vai se dividir e atender simultaneamente os animais em três pontos da ilha: Algodoal, Fortalezinha e Mocooca.
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Segundo o professor Djacy Ribeiro, coordenador do projeto, a visita à Maiandeua já é tradicional e ocorre sempre após o veraneio, a pedido do Ministério Público e do Ideflor. “Nós vamos avaliar como está a saúde dos animais que trabalharam nesse período de férias, de veraneio, fazer um laudo e realizar o atendimento”, disse.
A ilha é uma área de proteção ambiental, por isso não é permitido o uso de veículos automotores. A locomoção ocorre geralmente a pé ou pelo uso de charretes. Djacy Ribeiro explica que a situação dos animais na ilha tem se mantido estável e os charreteiros recebem orientações periódicas sobre bem estar animal.
"Os animais não tem uma condição excelente até por falta do capim na ilha, mas há propostas para isso no futuro. Uma das questões que continua e pedimos sempre é a contratação de um veterinário para a ilha, já que os animais são responsáveis pela manutenção do turismo no local. Por isso existe a necessidade da contratação de um técnico, pra fazer essa rotina ainda que de forma quinzenal”, diz.
Atendimento e vacina
Na ação será realizado atendimento clínico, controle de ectoparasitas, vermifugação, curativos e microchipagem. A novidade nessa ação é a vacinação antirrábica para herbívoros, que será feita em todos os cavalos da ilha. “Na nossa última visita, em Fortalezinha, no primeiro semestre, notamos que os cavalos estavam com muitas mordeduras de morcegos. Os morcegos hematófagos, ou seja, que se alimentam de sangue, são vetores da raiva, doença que não tem cura nos animais também. Morcegos contaminados pelo vírus podem adoecer os cavalos”, disse.
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A equipe do projeto então fez um laudo e notificou a Adepará, que solicitou a intervenção do Projeto Carroceiro no cuidado dos animais da ilha. Segundo o professor Djacy Ribeiro, a raiva causa doenças neurológicas que levam o cavalo a óbito. "Mas é importante dizer que o cavalo não transmite a doença ao homem, por isso nossas ações são de cuidado e prevenção, com a vacinação antirrábica dos herbívoros”, diz.
Como morcegos hematófagos podem ser vetores para a raiva em humanos, um representante da Adepará também deve estar presente na ação, coletando morcegos para análise se há ou não presença do vírus.
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