O segundo dia da COP 30 ganhou contornos de tensão quando um grupo de manifestantes tentou ultrapassar o limite de segurança que separa o público da Blue Zone, área de acesso exclusivo a delegações e autoridades internacionais.
O episódio ocorreu no final do segundo dia do evento, na noite desta terça-feira (11), quando manifestantes empunhando faixas e bandeiras avançaram em direção ao espaço restrito, entoando palavras de ordem e reivindicando maior protagonismo das pautas de saúde nas decisões políticas do clima. Grande parte dos manifestantes eram indígenas.
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A ação obrigou as forças de segurança a montarem barreiras improvisadas com mesas e cadeiras para conter o avanço e garantir a integridade do espaço, que teve portas quebradas e detector de metal destruído. Apesar da tensão, o acesso foi rapidamente restabelecido e a programação oficial da conferência seguiu sem interrupções. Em imagens que circulam na Internet, é possível ver danos à estrutura da Conferência, como pelo menos uma porta quebrada na entrada da Blue Zone.
A manifestação teve como objetivo chamar atenção para os impactos das mudanças climáticas em regiões vulneráveis e exigir protagonismo indígena nas tomadas de decisões diante dos desafios ambientais.
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Com a conferência reunindo líderes mundiais e especialistas em Belém, o incidente expôs o desafio de equilibrar segurança e liberdade de expressão em um dos eventos mais vigiados do planeta, onde as vozes das ruas tentam ecoar dentro das salas de negociação.
Em função da invasão que resultou na quebradeira nas portas e detectores de metal da COP30, o secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC, sigla em inglês), a entrada principal encontra-se em obras de reparação e reabrirá às 7 horas desta quarta-feira (12), antes da entrada dos participantes.
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