“A minha vida inteira eu lutei e venci. E vou vencer mais uma vez”. A afirmação foi feita ontem à noite pelo ex-deputado Jader Barbalho em entrevista concedida ao programa “Argumento”, apresentado pelo jornalista Mauro Bonna, na TV RBA. O programa foi transmitido pela televisão para 83 municípios paraenses, simultaneamente pela Rádio Clube para todo o Estado e ainda pela web através da página do apresentador na rede mundial.

A declaração de Jader, que se mostrou muito à vontade durante todo o programa, foi feita a propósito da batalha jurídica por ele travada para reverter a decisão que anulou a sua eleição para o Senado, com cerca de 1,8 milhão de votos. Jader afastou a possibilidade de se resignar ante a decisão da Justiça. “Até em defesa da democracia e em respeito à decisão do povo paraense, que me elegeu, eu tenho o dever de continuar lutando”.

O presidente estadual do PMDB informou que está atuando com três instrumentos jurídicos, todos em Brasília, sendo um mandado de segurança no Tribunal Superior Eleitoral (TSE); um recurso ao TSE, protocolado ontem no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra veto ao pedido de nova eleição; e a perspectiva de reabertura do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), no qual a aplicabilidade da lei em caráter retroativo acabou em impasse, com cinco votos a favor e cinco contra.

“Eu perdi por um empate”, afirmou Jader, que espera a reabertura do julgamento no STF depois da nomeação do 11º ministro que completará o pleno da suprema corte.
Jader confirmou que a sua renúncia ao mandato de deputado federal, por ele apresentada no dia 30 de novembro, foi para lavrar um protesto contra a decisão que o declarou inelegível. Ele explicou que, tendo renunciado em outubro de 2001, em meio a uma crise política, sua inelegibilidade – ditada pela decisão do TSE – se prolongaria até 31 de janeiro de 2011.

Ocorre, destacou Jader, que depois da renúncia ele disputou e venceu duas eleições. Em 2002, foi eleito deputado federal, proporcionalmente, com a maior votação de todo o Brasil. E, em 2006, foi novamente eleito com a terceira maior votação proporcional do país e, mais uma vez, com a maior votação do Pará. “Nesse período eu passei duas vezes pelo crivo da legislação eleitoral, sem nenhuma restrição e sem impugnação. Quer dizer, eu era um cidadão elegível”. Leia mais no Diário do Pará.

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