A Praça da República e sua incrível história é o tema do postal desta sexta-feira (21). No início, ao invés de ser repleta de belos coretos e esculturas, era o Largo da Campina, um imenso terreno descampado localizado entre o bairro da Campina e a estrada que levava à ermida de Nossa Senhora de Nazaré.
Depois, no século XVIII, foi transformado em um imenso armazém com o intuito de servir de depósito de pólvora, o que rendeu ao lugar outro nome, “Largo da Pólvora”. Neste período, uma forca chegou a ser erguida, mas nunca houve registro de enforcamento no local. Porém, o espaço era usado para sepultar, em covas rasas, escravos e pobres.
Em homenagem ao imperador, o nome da praça foi novamente trocado para Pedro II. Porém, a mudança do que hoje representa o lugar só começou a ser realizada em 1850, quando algumas árvores, em formas desordenadas, foram plantadas. Com a inauguração do Theatro da Paz, em 1878, chegou a existir no terreno uma modesta urbanização. Porém, seu nome definitivo e as suas atuais formas vieram com a troca de regime.
Foi o governador Justo Chermont, em 1889, que idealizou a construção de um monumento em homenagem à república. A pedra fundamental foi colocada no ano seguinte, mas foi um concurso que decidiu a forma do monumento. A vencedora foi Michele Sebastiano, idealizadora da obra. Inaugurado em 15 de novembro de 1897 e todo em mármore da carrara, o monumento tem 20 metros de altura.
Porém, foi Antônio Lemos (eleito em 1897 intendente, cargo que hoje se iguala ao de prefeito municipal) que fez a Praça da República merecedora da beleza que os paraenses conhecem. Lemos fez sérias críticas ao projeto urbanístico da praça no relatório ao conselho de intendência municipal. Então, modificou completamente a aparência do logradouro, trocando, inclusive, a pavimentação das ruas que limitavam a praça por paralelepípedos.
CONSTRUÇÕES
Durante o governo de Virgínio Mendonça, foram construídos dois pavilhões na praça, o maior hoje é o Teatro Waldemar Henrique. O menor abriga a Escola de Arte da Universidade Federal do Pará. Na praça encontram-se mais três pontos importantes de Belém: o Parque João Coelho, a Praça da Sereia e o Theatro da Paz.
Hoje, ela simboliza um espaço cívico. É lá que ocorrem as manifestações, os protestos e as comemorações, a exemplo do Círio de Nazaré, o Dia da Raça e o desfile de 7 de Setembro. É, ainda, o lugar ideal para passear com a família, encontrar os amigos ou namorar. A praça também aparece no contexto urbano da cidade como elemento de grande destaque e importância devido a seu alto grau de significação histórica e beleza. Sua implantação acompanha, definitivamente, a evolução da cidade de Belém. (Diário do Pará)
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