Sancley Fernandes é síndico do Edifício Blumenau, vizinho ao prédio que desabou na tarde deste sábado (29), e relatou ao Diário Online (DOL) os momentos dramáticos divididos com outros moradores do prédio:

"Eu estava na portaria do prédio e logo depois de um vento forte, eu e o porteiro sentimos dois estalos fortes, como se fosse um raio, e logo depois veio o tremor, como se fosse uma explosão. Quando a gente se deu conta, percebeu o que tinha acontecido e corremos pra avisar os moradores, para pedir pra que saíssem o quanto antes e procurassem se abrigar na casa de familiares, amigos, ou mesmo em hoteis. Todos desceram correndo pelas escadas e muita gente saiu só com os documentos, outros só com a roupa do corpo. Nós fomos até a garagem verificar se havia alguma rachadura, mas não encontramos nada. Agora só resta esperar o trabalho dos bombeiros terminar, e enquanto isso todo mundo segue tocando sua vida, e sem previsão pra voltar pra casa."

Após a chegada do Major Nascimento, do Corpo do Bombeiros, até o edifício, foi feita uma análise preliminar da estrutura do prédio, na qual nenhum dano aparente foi constatado. Uma equipe especializada deve retornar ao local amanhã para fazer uma análise pormenorizada das condições estruturais.

Até que seja emitido laudo técnico oficial, não há previsão de retorno dos moradores aos apartamentos. O Edifício Blumenau tem 16 andares, com 32 famílias ocupando seus apartamentos.

APOIO

Segundo informações da Defesa Civil, os desalojados que não têm local para se abrigar devem procurar postos do órgão localizados na travessa 3 de Maio, fazer um cadastro, e serão encaminhados para o Ginásio Altino Pimenta, situado na avenida Doca de Souza Franco, esquina com a rua Gaspar Viana (Luana Laboissiere, DOL)

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