O primeiro dia de aula na rede estadual de ensino foi marcado por filas e muita ansiedade, na manhã de ontem. Mesmo antes da abertura dos portões das escolas, os alunos já se encontravam do lado de fora aguardando o início de mais um ano letivo. Nas escolas de ensino fundamental e médio Dom Pedro II, Dr. Justo Chermont, Jarbas Passarinho, Marechal Cordeiro de Farias e Souza Franco o fluxo de estudantes era intenso.

Segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) apenas 2% das 378 escolas da grande Belém não retomaram as atividades. É o caso da escola Pinto Marques que está em reforma e, após reunião da direção com a comunidade, o início as aulas foi adiado para o dia 4 de maio.

Para abrir o ano letivo de 2011, o secretário de Estado de Educação, Nilson Pinto esteve no auditório da Escola Souza Franco, onde conversou com alunos, pais e professores. “Esperamos que esse ano signifique o início da reconstrução da educação no Pará. Ano passado vários secretários passaram pela Seduc, fazendo a gestão perder a continuidade. Esse ano temos metas definidas para um período duradouro”.

Segundo o secretário, ainda restam 100 mil vagas em todo o Estado, 40 mil só na Região Metropolitana de Belém. A maior parte delas está disponível no centro da cidade, já que muitos estudantes estão migrando para as escolas da periferia.

No primeiro dia de aula, algumas escolas optaram por uma programação de recepção, esclarecendo assuntos como avaliações, horários e frequência. Outras já deram início aos conteúdos das disciplinas. Guilherme Cardoso, 16 anos, já teve a primeira aula de português do ano e acrescentou que a turma está cheia de novos alunos. Quanto ao vestibular que se aproxima, ele adianta: “Vou me preparar desde esse ano”.

Mesmo com algumas escolas tentando recuperar o tempo perdido, muitos pais lamentam as aulas terem começado tão tarde. “Temo que a minha filha se atrase e acabe não aprendendo bem como deveria. Pior é se tiver greve”, diz a dona de casa Maria Silva.

Para o secretário essa é uma preocupação “corretíssima”. “As aulas do ano passado se prorrogaram até março desse ano. Não podíamos começar o ano letivo de 2011 sem encerrar o de 2010. É um prejuízo lamentável, esperamos que ano que vem comece normal”. (Diário do Pará)

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