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Riquezas e contrastes do Mercado de São Brás

Imponente, com uma cobertura feita de ladrilhos em preto e branco, paredes amarelas com quase um metro de largura e uma calçada extensa, surgia, no dia 21 de maio de 1911, o Mercado de São Brás. Ele enfeita Belém desde o ciclo da borracha com sua mistura

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Imponente, com uma cobertura feita de ladrilhos em preto e branco, paredes amarelas com quase um metro de largura e uma calçada extensa, surgia, no dia 21 de maio de 1911, o Mercado de São Brás. Ele enfeita Belém desde o ciclo da borracha com sua mistura de elementos neoclássicos com art nouveau, onde o ferro e o vidro pontuam como matéria-prima, escolhas do arquiteto italiano Filinto Santoro.

“Eu vim visitar um amigo que trabalhava aqui e acabei ficando por aqui mesmo. Passei por cada coisa, tenho muitas histórias nesse mercado, lembro da época da ditadura quando fomos retirados daqui pra uma feira livre na Praça do Operário e de lá para a feira da 25, e depois voltamos pra cá, quando só ficaram aqui os vendedores de artesanato”, relembrou o feirante Geraldo Lisboa Sales, 69 anos.

Alimentando os frequentadores e trabalhadores do mercado há 48 anos, Geraldo conhece bem a história do local: “ali onde ficam os dois castelos funcionavam banheiros públicos, e o prédio do meio era um albergue, Isso na época que a estrada de ferro passava por aqui e a movimentação era grande com as pessoas indo e vindo do interior. Hoje o albergue virou praça de alimentação, onde eu trabalho e afirmo que, se não fossemos nós limpar, ninguém faria”, completa.

Ele enfatizou que o melhor de ser feirante é o trabalho com o público. “É a melhor coisa, tem que passar muita credibilidade para conquistar fregueses. Eu adoro esse prédio porque já aprendi muita coisa aqui, no dia a dia”, apontou.

No complexo também são comercializados produtos de artesanato, pet shops, vestuário, mobília, artigos de umbanda, ervas, e conserto de ventilador a sapatos, CDs e DVDs, passando pelos tradicionais barbeiros e engraxates.

Outra que está na feira há um bom tempo – 38 anos – é a vendedora de tempeiros Conceição Lima, 79 anos. “Eu não era de feira, mas com a morte do meu marido que era comerciante, eu tive que enfrentar a vida e vim pra cá trabalhar, gosto muito das amizades e dos clientes”, contou.

Atuando há 30 anos como sapateiro, ofício que herdou do pai e já passou para o filho, José Ribamar Sodré da Silva disse que o mercado anda desprestigiado pelo público nos últimos anos. “Tenho alguns fregueses fiéis, mas antes de estar funcionando o Passe Fácil aqui dentro, o movimento andava menor, não entendo por que retiraram a parada de ônibus daqui da frente do mercado, nesse tempo era muito bom por que muita gente descia aqui e agora as pessoas têm que atravessar de lá da José Malcher e aí fica mais difícil”, pontuou.

O sapateiro acha que é preciso divulgar melhor o Mercado de São Brás – que fica num lugar estratégico, no cruzamento entre as avenidas Almirante Barroso, Magalhães Barata e José Bonifácio - assim como zelar mais por ele, conservar o espaço e limpar regularmente. “Acho que os marginais e ‘papudinhos’ que circulam por aqui espantam as pessoas, então precisamos de mais segurança aqui e lá embaixo no túnel, precisamos melhorar e divulgar esse mercado por que do contrário as pessoas esquecem que tem uma variedade grande de serviços que podem encontrar aqui”. Leia mais no Diário do Pará.

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