Os negros chegaram ao Pará entulhados em navios negreiros para marcar a cultura local para sempre. Não diferente da miscigenação que ocorreu em todo o país, o Pará deve, e muito, às origens do continente que – di­zem alguns especialistas – já foi grudado no Brasil há milhões de anos. Hoje, de fato, pode-se dizer que o brasileiro e o africano têm muito em comum. No Estado, é possível encarar a influência cul­tural da África na religião através de números. Em todo o Pará, esti­ma-se que 3.500 terreiros de reli­giões afro-brasileiras estejam em pleno funcionamento. Só em Be­lém, são 1.370.

São aproximadamente 240 comunidades quilombolas no Es­tado. Em um primeiro momento pode causar estranheza a existên­cia de um número tão significati­vo de comunidades descendentes de quilombos no Pará em função da ideia de que na Amazônia a es­cravidão não teve tanta relevân­cia. Porém, os homens e as mulhe­res quilombolas paraenses podem se orgulhar de suas várias con­quistas. Foi no município de Ori­ximiná que pela primeira vez uma comunidade quilombola re­cebeu o título coletivo de suas ter­ras, em 1995. E o Estado é um dos que mais concentra terras qui­lombolas tituladas.

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