O diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) quer que a Procuradoria Geral da República apure a suposta participação do senador tucano Mário Couto nas fraudes a licitações na Assembleia Legislativa do Pará (AL). Seis pessoas, incluindo o ex-diretor financeiro da AL, Sérgio Duboc, foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual, que pede que elas sejam processadas pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, falsificação de documentos e fraude à licitação.

Os crimes denunciados teriam ocorrido entre 2005 e 2006, quando Mário Couto presidia a AL. Duboc era homem de confiança do hoje senador e chegou a ser indicado por ele para comandar o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Duboc deixou o cargo em meio à apuração das fraudes na AL.

O presidente nacional do PT atendeu pedido da direção estadual da legenda. “Fomos motivados pelas denúncias que envolvem pessoas de confiança do hoje senador”, diz o presidente estadual do PT, João Batista Silva. Na representação, Rui Falcão diz que o senador “utilizou-se do seu cargo de presidente (da AL) para nomear vários servidores para exercerem cargos estratégicos, na área administrativa, de finanças e da Procuradoria”. A denúncia cita Sérgio Duboc, que continuou na AL mesmo durante a gestão do deputado Domingos Juvenil.

“Os nomeados do representado agiram como se fossem uma verdadeira “quadrilha, cometendo os mais absurdos atos de improbidade e corrupção, que dilapidaram o patrimônio público e, por isso, enriqueceram ilicitamente”, diz um trecho da representação.

A Procuradoria Geral da República deverá analisar o caso e, a partir daí, decidir se abre ou não investigação contra Couto. A expectativa é de que uma decisão seja tomada no máximo em duas semanas.
As fraudes na AL são alvo de uma apuração pelo Ministério Público Estadual. Os promotores de Justiça do Pará, contudo, não podem investigar Mário Couto que, por ser senador da República, tem foro privilegiado e só pode ser processado pelo Supremo Tribunal Federal. Leia mais no Diário do Pará.

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