De uma produção mundial da ordem de 7,2 milhões de toneladas de borracha natural, o Brasil tem uma participação irrisória, hoje oscilando em torno de 100 mil toneladas, o equivalente a cerca de 1,4% do volume total. A produção interna corresponde a apenas um terço do consumo, que está na casa de 300 mil toneladas/ano. A indústria de pneumáticos absorve a maior parte (75%) da borracha natural consumida no país.

A informação é do economista Armando Soares, presidente da Associação dos Produtores de Borracha Natural do Brasil e membro efetivo da Câmara Setorial da Cadeia da Borracha Natural do Ministério da Agricultura, como representante do Pará.

De acordo com Armando Soares, o Brasil ainda importa três quartos da sua necessidade de consumo. O país permanece, assim, na dependência dos países asiáticos, especialmente Tailândia, Indonésia, Malásia e Índia, os maiores produtores mundiais.

Essa dependência é mais estranha, conforme frisou o economista, quando se leva em conta o fato de ser a Amazônia o berço da seringueira e de continuar o Brasil abastecendo com material genético o resto do mundo para renovação dos plantéis. “Ou seja, continuamos a ser saqueados com o consentimento do governo”, acrescentou. Para Armando Soares, tudo o que se produzir ou se plantar no Pará será pouco para alcançarmos a autossuficiência, incluindo aí a reativação de seringais nativos com outro modelo de produção que não o extrativista. Leia a matéria completa no Diário do Pará. (Frank Siqueira/Diário do Pará)

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