No próximo dia 31, professores em greve da Universidade Federal do Pará (UFPA) pretendem realizar um protesto no quilômetro 17 da rodovia BR-316, na Região Metropolitana de Belém. A medida foi aprovada em assembleia geral ocorrida na manhã de hoje (26), em que a categoria rejeitou a proposta do governo federal e decidiu manter a paralisação. Para os docentes, não houve avanço na negociação, pois o governo “deixa a desejar quando trata da estruturação da carreira, que é o grande motivo da greve.

Por unanimidade, os 74 professores que compareceram à reunião defenderam a continuidade da greve e da pauta de reivindicações proposta pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN). Ficou definido que a manifestação na BR-316 será um ato político reunindo também as demais categorias dos servidores federais em greve. A intenção dos professores da UFPA é apresentar à sociedade os motivos que levara à recusa das propostas do governo.

Na reunião, a professora Vera Jacob, diretora da Associação dos Docentes da UFPA (Adufpa), fez um resumo da proposta do governo, destacando a proximidade com a proposta anteriormente rejeitada pela categoria, em assembleia do dia 23 deste mês. Segundo ela, o único ponto diferente é a criação de um grupo de trabalho para estabelecer diretrizes na avaliação de desempenho dos profissionais para fins de progressão.

Vera Jacob reforçou a proposta do movimento docente de carreira única e um único cargo de professor federal, com 13 níveis e variação de 5% nos valores entre os níveis, proposta pelo ANDES-SN.

De acordo com a Adufpa, a proposta apresentada às entidades no último dia 24 pelo governo apresenta “mais do mesmo”. A Associação defende que a oferta federal “mantém a desestruturação da carreira docente, pois propõe pequenas mudanças relativas à promoção e às tabelas salariais correspondentes”.  A expectativa era que o governo absorvesse as críticas feitas pelo Comando Nacional de Greve à proposta anterior e apresentasse nova proposta para suprir as reivindicações. Depois da reunião entre representantes nacionais e o Ministério do Planejamento, marcada para 1º de agosto, os docentes paraenses devem fazer uma nova assembleia, no dia 3.

(DOL, com informações da Adufpa)
 

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