A partir do próximo vestibular as universidades federais terão que implantar o sistema de cotas raciais e sociais para o ingresso de alunos, conforme estabelece a Lei de Cotas, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, ontem. As universidades federais do Pará (UFPA) e Rural da Amazônia (UFRA), que já possuem sistemas de cotas, deverão reformular as regras para ficarem de acordo com a lei.
Para a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), a criação da lei aumenta de 8,7 mil para 56 mil o número de estudantes negros nas instituições federais de ensino superior.
De acordo com a nova lei, todas as universidades públicas federais e os institutos técnicos federais devem reservar, no mínimo, 50% das vagas ofertadas no vestibular para estudantes que tenham cursado todo o ensino médio em escolas da rede pública, com distribuição das vagas entre negros, pardos ou indígenas.
O coordenador do Processo Seletivo da UFRA, professor Paulo Souto, destacou que a instituição já adota um sistema de cotas, mas que em virtude da lei alguns critérios poderão sofrer alterações. “Vamos esperar pelo fim da greve dos professores federais e pedir que o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) analise o texto da lei para saber o que será preciso fazer para nos adequarmos a lei”, atentou. O Consepe, dentro de duas semanas, deverá votar na aprovação do edital para o Processo Seletivo 2013 da UFPA, que inclusive criou cotas para estudantes quilombolas.
O reitor da UFPa, Carlos Maneschy, deverá se manifestar hoje sobre a lei. A diretoria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) não foi localizada. O IFPA aderiu ao Sisu para seu vestibular e pela lei, este sistema também deverá destinar metade das vagas para estudantes oriundos de escola pública, com distribuição das vagas a negros, pardos ou indígenas.
Greve na Uepa foi marcada para dia 12
Os professores da Universidade do Estado do Pará (UEPA) entram de greve a partir do próximo dia 12. A decisão foi tomada ontem (29), durante uma assembleia realizada no auditório central do Campus CCSE, que contou com a presença e apoio de estudantes da instituição.
Os docentes reivindicam o reajuste do piso salarial, a ampliação da discussão da implementação do Plano de Cargos, Carreira e Salário (PCCS) e também a não redução do valor da bolsa de monitoria (pesquisa e extensão). De acordo com o Sindicato dos Docentes e Técnicos da UEPA (Sinduepa), desde o ano passado que a categoria tenta negociar com o Governo e até agora não obteve êxito.
O comando de greve agora discute como será realizado o movimento. A greve será geral e vai atingir os campi de Belém e do interior.
O auditório ficou lotado por professores e alunos que discutiram as ações do movimento daqui pra frente até o inicio e durante a greve, iniciadas ainda no ano passado.
Os estudantes não tiveram direito a votar na assembleia, mas prestaram apoio aos professores porque são contra a redução do valor da bolsa concedida aos discentes de pesquisa. De acordo com o Sinduepa, o Governo quer reduzir o valor do auxílio, que é de R$ 622, para R$ 400.
(Diário do Pará)
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar