A maioria dos 2.116 funcionários da Celpa está em estado de greve, por causa da suposta ameaça de demissão em massa na concessionária de energia. É o que informa o presidente do Sindicato dos Urbanitários do Pará, Ronaldo Romeiro. A empresa, que passa por um processo de recuperação judicial, estaria também em processo de redução de quadro de funcionários pelo qual 576 pessoas correm o risco de serem demitidas neste momento.

Hoje a Celpa deve apresentar aos trabalhadores um Plano de Demissão Voluntária (PDV) a fim de gerenciar a crise. “Se a Celpa não dá conta de prestar os serviços à população com o (quadro de funcionários) que tem, imagine demitindo os trabalhadores. A solução não é demitir”, disse Romeiro. Ontem pela manhã, assembleias foram realizadas contra as demissões e o PDV, em frente à sede e subsedes da Celpa, em Belém, e em Castanhal, Redenção, Santarém, Marituba, Tucuruí, Capanema e na região das Ilhas.

Ronaldo reiterou que nenhuma paralisação será feita até que se conheçam os resultados iniciais da implementação do PDV, a partir do dia 1º de abril. “Ficaremos atentos para que a empresa não demita ninguém além dos que aderirem ao Plano. Aí sim, iremos fazer greve”, frisou. 

O diretor de Gente e Gestão da Celpa, Renan Bodra, negou que haverá demissão em massa e informou que hoje mesmo a concessionária irá apresentar o PDV aos funcionários. “A Celpa está conduzindo um plano de reestruturação e isto inclui o Plano de Demissão Voluntária (PDV) que vai oferecer um incentivo financeiro e mais Plano de Saúde aos colaboradores”, ressaltou.

Ele não quis antecipar quais serão as propostas oferecidas pelo Plano. Renan negou as propostas anunciadas pelo sindicato que teriam sido firmadas no PDV. “O sindicato participou das negociações de construção do Plano, mas não teve acesso ao produto final do documento”, destacou. O PDV terá o prazo de 20 dias, segundo o representante da Celpa, para que os funcionários possam aderir voluntariamente. 

(Diário do Pará)

MAIS ACESSADAS