Aldenora Costa Vale, solta na tarde desta segunda-feira (22) após ter sido presa pela acusação de matar a própria filha de seis anos, em 2 de abril deste ano, afirma que sofreu agressões de internas do Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, durante o tempo em que esteve retida no local. A informação foi repassada ao DOL pela advogada Valéria Fidélis.

Segundo Valéria, Aldenora contou que a agressão ocorreu durante um banho de sol das internas. Ela ficou sozinha em uma das celas durante a atividade e algumas presas de outra cela a abordaram e começaram a agressão. Ela afirmou que foi atingida por chutes e socos e os golpes só foram interrompidos com a chegada de outras internas.

A advogada conta que ainda não teve tempo de conversar mais detalhadamente com Aldenora, desde que ela foi liberada. “Acompanhei a liberação dela, que seguiu para a casa de parentes. Na terça-feira vamos conversar, apresentar que propostas e direitos ela pode reivindicar, como irá decorrer o caso. Mas no relato da agressão ela fala com veemência, detalhado. Até o nome das envolvidas ela diz saber”, afirma.

Aldenora foi solta após a apresentação de um laudo apontando que a filha morreu de insuficiência respiratória, em razão de um Edema Agudo Pulmonar.

O DOL entrou em contato com a Superintendência do Sistema Penal do Pará (Susipe), que afirmou que enviará uma nota oficial do órgão, mas adiantou que não há qualquer registro de agressões à Aldenora.

(Gustavo Dutra/DOL)

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