Desde o dia 1º de junho, a população de Baião, município da região do Baixo Tocantins (a 300 quilômetros de Belém), festeja Santo Antônio, o seu padroeiro. Depois do Círio e da romaria fluvial, que abriram a festividade, hoje é o dia da procissão de encerramento em homenagem ao santo.
Milhares de devotos acompanharam o Círio, saindo do bairro do Limão até o centro da cidade no primeiro sábado de junho. A multidão volta a acompanhar hoje a imagem de Santo Antônio, carregada em andor pelas principais ruas do centro até a igreja, onde se encerram as homenagens religiosas.
Após a procissão, será celebrada missa na igreja matriz pelo padre Francinaldo, pároco de Baião. À noite, haverá a festa popular no grande arraial da praça central, com shows musicais, apresentação de quadrilhas e brincadeiras tradicionais da época junina. As barracas vão oferecer pratos e quitutes da culinária baionense, como mingau (munguzá) de milho, pamonhas, canjica, arroz-doce, aluá e doces diversos.
Neste ano, a festa registrou um incremento na participação dos moradores de Baião e localidades vizinhas, graças ao esforço pastoral do padre Francinaldo, que reorganizou a paróquia e valorizou as novenas junto às comunidades. Segundo ele, “povo que reza e é fiel aos compromissos com sua igreja é mais feliz”.
EM BELÉM
À noite, as ruas do bairro de Batista Campos serão iluminadas por velas de fiéis que vão caminhar em devoção a Santo Antônio. A procissão encerra o período de festividade da paróquia de Santo Antônio de Lisboa, que começou há duas semanas. Ontem, uma missa foi celebrada na paróquia pelo bispo Dom Teodoro e uma benção especial foi feita aos casais pelo dia dos namorados. A procissão tem previsão para iniciar às 18h, com saída da capela, na rua dos Tamoios, em direção ao Centrão.
Este ano, a renda da festividade é para a construção da Igreja Matriz do SAL e para manter vivas as atividades das obras sociais da paróquia. “O período é muito importante para as oito comunidades que compõem a paróquia devido à oportunidade de evangelização e confraternização proporcionada durante a festa”, destacou Frei Edilson, que assumiu a paróquia em 2011.
Mais que casamenteiro, Santo Antônio é conhecido também como o santo do pão repartido. Na Casa do Pão dos Capuchinhos, em São Brás, o movimento é intenso. “Tem gente que promete doar o peso do corpo em pão e, como o santo é milagroso, o volume vai só aumentando, o que é ótimo. Afinal, é como a gente consegue manter o ritmo da caridade”, explica dona Cândida Vivi, coordenadora da Casa que mantém a doação diária de pães a 150 idosos. “No dia mesmo, dá para manter a entrega de 10 a 12 para cada um. Dizem que Santo Antônio é casamenteiro, mas na verdade ele é santo de várias causas, por isso o aumento da arrecadação”, diz.
Moradora do bairro de Canudos, dona Maria Barbosa, 86, frequenta o lugar que, além dos pães oferece oficina de artesanato e dança há 30 anos. O pão recebido serve aos filhos e netos. “Tem filho morando no mesmo quintal. Todo mundo aproveita”, afirma. Dona Cleonice Neves, 69, é outra beneficiária fiel. Todos os dias ela sai da Cremação até a Casa do Pão.
Quem deseja fazer doações de pães e alimentos para cesta básica pode procurar a Casa do Pão dos Capucchinhos, na avenida Conselheiro Furtado, 3320, às terças, quartas e quintas-feiras. Mais informações: 3073-1525.
(Diário do Pará)
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