De acordo com denúncias anônimas recebidas pelo DOL, nesta sexta-feira (14), um total de 26 bebês morreram nos últimos 13 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Fundação Santa Casa de Misericórdia. Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) confirmou a morte de 25 recém-nascidos (um a menos que a denúncia), onde alega que os óbitos ocorreram devido terem nascido prematuros e pesarem menos de 1,2 Kg. Devido as mortes, o secretário Helio Franco (Sespa) concede coletiva nesta tarde, às 15h.

Segundo a fonte, as mortes na Santa Casa ocorreram devido à infecção da bactéria Acinetobacter, que teria iniciado na UTI Neonatal III e se espalhado em todos os leitos. Além disso, ninguém estaria tomando providência alguma para desinfectar o local.

As denúncias apontam ainda que a Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) foi improvisada para receber os bebês infectados, mas, ainda segunda a fonte, eles estariam dividindo o mesmo ambiente com os não-infectados, além de estar contaminando as mães que circulam na unidade.

Finalmente, a fonte denuncia que na Santa Casa não há antibióticos para combater esta bactéria nem tratar os infectados, embora a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) esteja analisando uma forma de combater este surto. Por esse motivo, aliás, a fila na Central de Leitos Neonatal tem aumentado, pois não há rotatividade.

INFECÇÃO

Sobre a suposta infecção de Acinetobacter, fontes ligadas à Sespa negam a existência de um surto de infecção e afirmam que houve 25 mortes - uma a menos que a denúncia anônima - de bebês na Santa Casa de Misericória do Pará no intervalo de 12 dias - um dia a menos que o período denunciado. A maioria das mortes, inclusive, teria ocorrido entre os bebês prematuros, pesando cerca de 400 a 600 gramas, o que  segundo a fonte, é considerado natural, e que apenas três mortes por bactérias estariam dentro das estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

(DOL)

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