Moradores e comerciantes da Passagem Santa Inês, em Ananindeua, estão tendo transtornos por causa de uma obra da empresa Cyrela e pela falta de fiscalização da Prefeitura de Ananindeua. Eles culpam a obra da empresa pelas pioras no local: desde containers para depósito de entulhos na rua, atrapalhando o fluxo de carro e o estacionamento, até restos de entulho e lixo jogado pelas ruas, que , segundo os moradores, causou entupimento de bueiros agravando os alagamentos no local. Os moradores afirmam ainda que, caminhões da empresa são frequentes na passagem, dificultando o trânsito na rua e quebrando o asfalto.  Artur Cardoso, proprietário de uma empresa de eletrônicos que fica na passagem, diz que os problemas que a empresa trouxe para o local estão afetando seus negócios. “Os clientes reclamam muito porque não existe mais local para estacionar, e também do trânsito e transtorno que os caminhões causam na rua”, explica o empresário. “Nosso prédio está perdendo inquilinos e já tenho muitas salas desocupadas fruto da reclamação das pessoas do estado que se encontra a rua”, afirma Rafael Sousa, empresário do ramo imobiliário.  Moradora da passagem há 30 anos, Isanira Pereira diz que nunca antes tinha vivido estes transtornos. “Os entulhos entupiram os bueiros e quando chove minha casa alaga. Sem falar que os caminhões , quando estão no local, atrapalham a entrada de nosso veículo na garagem e trazem muitos transtornos. Nossa rua não era assim cheia de lama e de água”, reclamou a moradora.  Os moradores e empresários protocolaram na Prefeitura de Ananindeua um documento com assinaturas de 278 pessoas da região e solicitam que a Prefeitura realize a fiscalização no local para apurar as irregularidades. “Queremos primeiro tentar uma solução amigável com a empresa e com a prefeitura. Se não conseguirmos resolver vamos levar o caso ao Ministério Público Estadual”, explica o advogado Luiz Carlos Sales. O DIÁRIO tentou contato com a assessoria de comunicação da empresa no Pará, mas não conseguiu nenhum contato. A assessoria em São Paulo informou que estava impossibilitada de dar um posicionamento sobre o caso por também não estar conseguindo contato com a assessoria local.  Também foi solicitado um posicionamento a Secretaria de Saneamento de Ananindeua ,mas até o fechamento desta edição não tivemos resposta.

(Diário do Pará)

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