Apesar de ser considerado pela polícia “um bicheiro histórico”, “Jango” negou em depoimento qualquer ligação com a jogatina e disse que deixou de ser “cotista” do Parazão em 2005, após abrir a empresa de eventos JM Vidal. Mas certidões da Junta Comercial do Pará (Jucepa) anexadas ao inquérito mostram que “Jango” só deixou o Parazão em março de 2012, quando a “empresa” foi extinta – o cerco se fechava sobre o jogo do bicho, que, naquele ano, deixou de ser simples contravenção penal e virou crime.

Até o encerramento do Parazão, a “empresa” possuía 11 sócios e “Jango” era o segundo com o maior número de cotas: 15,22%, contra os 28,26% de José Manoel Lhamas Santos, irmão de criação do ex-deputado estadual e ex-prefeito de São João de Pirabas, Bosco Moysés, que morreu recentemente e era também considerado um “bicheiro histórico”. Outra certidão da Jucepa mostra que “Jango” foi sócio de Lhamas na “empresa” JB Loterias Ltda EPP, que encerrou atividades em fevereiro de 2013.

Durante a operação  Efeito Dominó, a polícia apreendeu agenda de “Jango”, onde constam telefones fixos e celulares de vários artistas, jornalistas e radialistas e de pessoas supostamente ligadas ao jogo do bicho , além de políticos. Figura na relação um certo Fabrício Gama, com dois números de celulares e um fone fixo.

(Diário do Pará)

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