A Polícia Militar está dividida em duas partes. É assim que os praças - soldados, cabos, sargentos e subtenentes – consideram a PM depois que deputados estaduais do Pará aprovaram projeto de lei que discorre sobre o aumento salarial dos oficiais da PM, que deve chegar a 110% em 2018, e deixar de fora uma emenda que estenderia o reajuste para os militares de menor graduação.

Durante concentração em frente ao prédio do 6º Batalhão, em Ananindeua, nesta quinta-feira (03), a categoria mostra toda a insatisfação com o que eles chamam de descaso e injustiça com os militares.

Para o soldado Parsílio, os praças estão sendo desprivilegiados. "Não entendemos por que apenas os oficias irão receber aumento. O governo pegou a pirâmide e dividiu no meio, dando aumento para os superiores. Temos que acabar com essa divisão, afinal, quando a população precisa, somos nós que vamos atender e estamos nas ruas", explica.

Revoltado, ele diz ainda que as manifestações ocorrem pois "a categoria não é atendida pelo comando". "Eles alegam que isso é um assunto particular, mas não é, pois isso afeta toda a sociedade".

Para o praça Walter torres, a situação é de vergonha. “Fico envergonhado perante minha família e amigos, pois o meu comandante e chefe descriminou nós praças. Isso foi um falta de consideração com aqueles que estão no seu dia-a-dia em uma guerra real”, diz.

“Os investigadores de Polícia Civil tem o mesmo papel do soldado, mas basta eles dizerem que vão grevar que o governo se treme na base e dá o que eles querem. Parabéns PC, tenho orgulho do poder que vocês tem!!!”, finaliza.

Cerca de 600 PMs estão concentrados em frente ao 6º Batalhão, onde colegas de profissão estão aquartelados

(DOL)

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