A caravana “As lutas populares que construíram o Brasil: da Coluna Prestes à Guerrilha do Araguaia” chegou a Marabá , sudeste paraense, no domingo (20), onde permaneceu até hoje (21). A caravana já passou por três localidades do Pará e do Tocantins.

A caravana é uma iniciativa do Ministério da Justiça, que se propõe a resgatar e propagar os temas da anistia política, da democracia e da justiça, bem como valorizar o papel dos diferentes atores sociais que foram politicamente perseguidos durante a ditadura militar.

O ponto central da programação em Marabá foi julgar sete processos de camponeses que buscam indenização por terem sido torturados durante a Guerrilha do Araguaia, na região do Bico do Papagaio, entre os Estados do Pará, Maranhão e Tocantins (na época ainda Estado do Goiás).

A caravana da anistia também tem como objetivo contar parte da história que vem sendo esquecida, como explica a vice-presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Sueli Aparecida Bellato. “Os livros e a história que nós temos ainda estão incompletos; muito silêncio ainda prevalece”, observa.

Uma tenda foi montada na Praça Duque de Caxias, no centro da cidade, onde foram realizados também debates sobre a ditadura militar, exibição de filmes e também apresentações artísticas. Diversas entidades participam do evento, centre elas a Associação dos Torturados da Guerrilha do Araguaia (ATGA), União da Juventude Socialista (UJS), Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ), entre outros.

Nos últimos cinco anos, a caravana visitou 20 Estados de todas as regiões do País e analisados 1.700 pedidos de anistia.

(DOL com informações de Chagas Filho/Diário do Pará)

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