Após encontrar açaí adulterado com corante e até mesmo acetona e papel higiênico, o Serviço de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), a Secretaria de Economia (Secon), o Ministério Público do Estado (MPE) e o Departamento de Vigilância Sanitária de Belém (Devisa) intensificaram a fiscalização em pontos de venda de açaí em Belém na manhã desta quinta-feira (26). Nenhum estabelecimento chegou a ser notificado pela Secon.

Durante a fiscalização realizada ontem (25), mais dois pontos de vendas foram interditados e um batedor foi preso em flagrante no bairro do Bengui.

Os vendedores de açaí responsáveis pela adulteração do vinho retirado do fruto ainda tentaram justificar as ações explicando que, por estar em período de entressafra, é necessário tornar o açaí mais grosso e, assim, atender ao público consumidor.

Segundo Estela Avelar, médica veterinária responsável pelo Programa de Monitoramento da Qualidade do Açaí, os produtos mais comuns misturados ao açaí são farinha de trigo, farinha de mandioca e farinha de tapioca. "Este ano nós encontramos coisas que não víamos em anos anteriores. Produtos escondidos em sacos e baldes, batedores com mãos imundas por causa de corante, até jornal encontramos de molho, que provavelmente seria batido junto com o açaí", destacou.

Para proteger o consumidor da adulteração no açaí e evitar a contaminação de doenças como a Doença de Chagas, a Secon, Vigilância Sanitária e o Procon vão intensificar as vistorias nos próximos dias.

(DOL com informações de Tiago Júlio/ Diário do Pará)

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