Caroços de açaí, uma cama box e uma série de outros objetos que não são mais de utilidade foram despejados na esquina da rua Celso Malcher com a São Domingos, no bairro da Terra Firme, em Belém. Além dos entulhos, ainda podem ser vistos sacos de lixos e restos de alimentos. E não é raro chegar ao local e se deparar com alguém fazendo o despejo.

A coleta seletiva de lixo, que muitas vezes não é efetiva, seria uma das medidas que poderiam evitar esse tipo de ocorrência, pondera Rosângela da Silva, de 40 anos, que trabalha na venda de batata frita em frente ao amontoado de lixo na Feira da Terra Firme. “Já se tornou um hábito as pessoas deixarem restos de alimentos nesse local. Os próprios moradores fazem isso porque o carro do lixo não passa nas ruas deles”, disse.

Vendedoras de frutas e de legumes dizem que o odor desagradável atrai moscas e os clientes se afastam. “Há muitos anos é a mesma situação. Os carros de mão passam toda hora com lixo e mais lixo. Tudo é jogado aqui. O aumento de insetos e moscas afastam as pessoas”, comentou Rosângela.

RECICLAGEM

Se por um lado todo o lixo causa prejuízo financeiro aos feirantes e comerciantes em geral, outras pessoas aproveitam para tirar vantagem do problema. A catadora Maíra Baía, de 48 anos, disse que o que retira com a venda do produto para a reciclagem garante o sustento de uma família de seis pessoas, que moram no mesmo bairro, onde está localizada a feira. “Cato papel, garrafas de plástico, (do tipo pet), acumulo uma quantidade e levo até a cooperativa para que o material seja reciclado”, afirmou. 

COLETA

Em nota, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) informou que a coleta de lixo e os serviços de varrição são realizados regularmente, todos os dias, na Feira da Terra Firme, sempre a partir das 13h. E ressaltou que “os contêineres instalados na feira foram dimensionados para atender a necessidade dos feirantes que trabalham no entorno. No entanto, as caixas coletoras têm sido utilizadas também por comerciantes do bairro e até mesmo moradores de vias próximas, onde a coleta do lixo residencial é realizada três vezes por semana, em dias alternados”.

(Diário do Pará)

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