A situação do ensino médio em Marabá também não é das melhores. Segundo dados da Secretaria de Estado de Educação, são cerca de 15 mil alunos matriculados tanto na zona rural quanto na zona urbana. O problema é a quantidade de escolas para atender essa grande quantidade de alunos: apenas 12 prédios escolares são estaduais, o restante onde existe curso de ensino médio são prédios cedidos pela prefeitura municipal de Marabá e oferecendo cursos no período noturno, quando é possível ceder um espaço.

Na zona rural, a situação é ainda pior: das 128 escolas, 20 vilas utilizam as salas das escolas da prefeitura para oferecer o curso de ensino médio para os alunos. Não existem prédios escolares estaduais para atender a demanda de ensino médio das localidades.

Ainda assim, esse é apenas um dos problemas para os alunos. Os prédios escolares não oferecem estruturas adequadas e necessárias para atender aos alunos. Na Escola de Ensino Médio Professora Oneide de Souza Tavares, localizada no núcleo Nova Marabá, por exemplo, o que se vê é um prédio com pintura desgastada e carteiras velhas quebradas e amontoadas. A quadra da escola tem apenas algumas estruturas iniciando alguma coisa no que seria uma cobertura no local, também com aspecto de abandono.

Outra escola localizada no núcleo da Nova Marabá é a Escola de Ensino Médio Rio Tocantins – Caic. O Caic foi amplamente construído nos anos 1990 pelo governo federal em várias cidades brasileiras para ser o Centro de Aprendizagem e Integração de Cursos. Os prédios foram repassados para as prefeituras e, logo depois, para o Estado, situação que atualmente acontece em Marabá. O prédio ainda conserva a estrutura dos anos 1990, sem nenhuma pintura atual ou sinal de estruturação para os alunos. Há muito entulho no local de pequenas reformas feitas nos banheiros, mas nada além disso. A estrutura antiga e aparentemente abandonada da escola assusta qualquer novo visitante.

Na Escola ERC Pequeno Príncipe, os alunos sofrem com salas quentes. Os ventiladores que ali estão não funcionam. O calor é insuportável e muitos alunos pedem aos professores para saírem das salas por um momento para ‘pegar um vento’. Além disso, os que pedem para beber água se deparam com um bebedouro completamente velho e algumas vezes sem água, como a reportagem flagrou na tarde de sexta-feira (5).

O DIÁRIO tentou falar com a 4ª Unidade Regional de Ensino de Marabá sobre a falta de prédios escolares para atender aos alunos do ensino médio e a falta de estrutura das escolas em Marabá, mas não teve sucesso.

(Diário do Pará)

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