Marabá é uma das dez cidades com o menor percentual de livrarias do Brasil, segundo levantamento feito pela Associação Nacional de Livrarias (ANL) em agosto deste ano.

A cidade possuía apenas uma livraria para 257 mil habitantes. Possuía, porque a única que existia, fechou as portas. Das 3.905 livrarias no País, só 4 % delas estão na Região Norte. É um número alarmante e preocupante, principalmente por conta do consumo da grande literatura moderna, incentivada entre o atual público infanto-juvenil por escritores internacionais famosos como George R.R. Martin (da saga Game of Thrones), J.K. Rowling (Harry Potter) e J. R. R. Tolkien (de O Senhor dos Anéis).

A ausência de livrarias reflete principalmente da falta de incentivo à leitura no município, como conta o Coordenador da Biblioteca Municipal Orlando Lobo, Airton Souza. “A gente percebe que a escola tem um público mais sensível para lidar com o livro, se os professores não começarem a ler e partir para o princípio da leitura, a tendência é ficar um pouco pior. A iniciativa tem que partir de políticas públicas e também de um incentivo maior dos professores”, diz Airton.

Para os marabaenses resta buscar livros em uma das redes de farmácia da cidade, lojas de departamento ou então fazer locações nas Bibliotecas Públicas, que são três no município.

O uso do espaço da Biblioteca Municipal tem aumentado. “Esse mês nós recebemos mais de 1.200 pessoas. É um número alto, levando em consideração a tecnologia, acesso a internet e sites de pesquisa. No ano estamos chegando a quase nove mil visitantes”, ressalta Airton.

(DOL com in formações de Jéssika Ribeiro/Diário do Pará)

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