Centenas de integrantes do Movimento Sem Terra do Pará acamparam na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Belém, desde a tarde dessa quarta-feira (15) e exigem reuniões com representantes da instituição. Os manifestantes também farão atos nessa sexta-feira (17) em memória aos 19 anos do Massacre de Eldorado de Carajás.
De acordo com Raimundo Cabeludo, uma das lideranças do MST no Pará, há aproximadamente 400 integrantes do Movimento em Belém. Há ainda expectativa que mais 400 integrantes do MST cheguem até amanhã à capital do Estado, vindos de municípios como Irituia, Acará, Paragominas, Santa Luzia do Pará, Castanhal, dentre outros.
Os atos lembram os 19 integrantes mortos em Eldorado do Carajás, no ano de 1996, e reivindicam a implantação de políticas agrárias no Pará. “A política agrária ainda é inexistente nesse Governo, nas esferas estadual e federal. Eles divulgam números mentirosos sobre assentamentos”, afirma o representante do MST.
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(Foto: Cezar Magalhães/DOL)
Os integrantes do MST querem reuniões com representantes do Governo do Estado e do Incra. “Se o Governo do Estado e o Incra não aparecerem, nós iremos para rua. A ocupação da sede depende dessa reunião. Se eles dialogarem, nós desocupamos. Caso não apareçam, podemos ficar até um ano aqui”, declara.
Um ato será realizado às 15h dessa sexta-feira (16), em São Brás, em memória às vítimas do massacre. No sudeste paraense, cerca de 400 membros da juventude do MST acampam na curva do S (local onde ocorreu o Massacre de Eldorado dos Carajás) desde o dia 10 deste mês.
Ainda segundo o MST, o líder do movimento no Pará, Ulisses Manacás, está reunido com o Prefeito de Belém, na manhã de hoje, para tratar de questões como assentamentos no distrito Mosqueiro.
(DOL)