Citando a lei sancionada pela Presidência da República que dispõe sobre o Estatuto do Desarmamento, Aldo Botelho acredita que a situação poderia ser mais grave, caso a lei não restringisse o porte de armas de forma legal. “O trabalho que nós já fazemos diário tem que continuar. Mas o próprio código do desarmamento foi muito importante porque, por mais que ele tenha desarmado o cidadão de bem, essa arma do cidadão de bem também poderia alimentar o crime se fosse roubada”, relaciona. “Esse código do desarmamento contribuiu pra dar uma enxugada nessas armas que estão em situação irregular no país. Se o cara tem uma arma, na hora que ele for assaltado ele vai perder aquela arma e então essa arma vai alimentar o crime. Com a retirada através da lei com certeza reduziu bastante esse armamento que estava irregular na mão dos bandidos”.

Até mesmo como consequência da lei, o delegado aponta que as pessoas que são presas cometendo crimes dificilmente possuem autorização para portar armas. “Com as dificuldades que a lei criou, hoje pra você ter o porte de armas é uma burocracia muito grande, então é quase impossível você encontrar alguém com posse de arma hoje”, afirma. “O objetivo mesmo da lei é desarmar pra tentar atingir o bandido. Você atingiu a sociedade pra tentar atingir o bandido. O problema é que, infelizmente, o que a gente vê é que o bandido permanece armado, né?”.

(Diário do Pará)

MAIS ACESSADAS