Um comerciante comprou cerca de 200 lixeiras e as distribuiu em todo o centro comercial de Belém, incluindo o Ver-o-Peso. Ele observou a ausência de locais para depósito de lixo e decidiu fazer o trabalho da Prefeitura de Belém. O empresário, dono de uma loja de roupas e que prefere não ter seu nome divulgado, contou que há muito tempo nota a sujeira com que o comércio se encontra, por isso teve a iniciativa de espalhar em várias ruas os recipientes.
Na travessa Frutuoso Guimarães, o taxista Michel Campos, 36 anos, conta que há muito tempo não vê melhorias no local. “Essa falta de lixeira não é de hoje. Não vejo benfeitoria aqui desde prefeitos passados. Estamos abandonados. São ruas, calçadas destruídas. Lugares totalmente desapropriados para as pessoas. Aqui a gente não vê policiamento. É bem difícil”.

Outros comerciantes também se uniram para tentar amenizar os desníveis das ruas, como a do cruzamento da Frutuoso Guimarães com a Rua João Alfredo. Os enormes buracos foram tapados com lajotas quebradas. O aposentado Ademir Rodrigues, 78 anos, lembra que escapou de torcer os pés. “Já tropecei, quase torci o pé. As lixeiras são boas porque ajudam a gente. Foi bem bolado’’.

MEDO

A insegurança também preocupa os trabalhadores. Com um ponto de venda a menos de 100 metros da Seccional do Comércio, o vendedor Luiz Carlos Correa, 35, escapou várias vezes de ser assaltado. “Infraestrutura e segurança são fundamentais”. Se eu não ficar de olho aqui, levam mesmo. Os policiais só ficam lá para dentro. Não vemos policiamento circular por aqui.

(Diário do Pará)

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