A “novela” sobre o Pedral do Lourenço vem se arrastando há anos. O projeto chegou a ser incluído e depois retirado do Programa de Aceleração do Crescimento, o que motivou na época manifestações de lideranças políticas do Pará. Em 2010 o governo federal anunciou a publicação do edital, o que acabou não acontecendo.

Em março do ano passado a presidente Dilma esteve no Pará e anunciou a retomada do projeto, confirmando o lançamento de um novo edital, que foi cancelado três meses depois. Em novembro foi lançado um novo certame, mas não houve interessados por causa do baixo preço cotado.

Entre idas e vindas o processo de derrocamento do Pedral já teve três projetos e preços diferentes. O último deles, com preço mais baixo e que acabou se mostrando inviável foi oferecido ao governo federal pela Mineradora Vale, que anunciava depender da navegabilidade para viabilizar o projeto de implantação da Alpa. Os dois projetos executivos – o que foi apresentado pela Vale e o outro pela Universidade Federal do Pará (UFPA) – apresentavam diferenças gritantes, conforme denunciou o senador Jader. “Em um projeto o canal de navegação aparece mais estreito, no outro fica mais largo. Além disso eles apresentam custos bastante diferentes, que variam de R$ 350 milhões (o da Vale) a R$ 900 milhões (da UFPA). Agora surge a figura da Universidade Federal do Paraná neste projeto. E a Marinha, qual foi o papel da Marinha em todo este processo?”, questionou o senador.

(Diário do Pará)

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