Para o coordenador do Comitê Estadual de Prevenção de Mortalidade Materno-Infantil, Hélio Franco, é necessário qualificar os municípios para a realização do pré-natal. Além disso, é preciso priorizar o atendimento às gestantes na saúde pública. “Cerca de 25% das gestações são de risco. Isso precisa ser considerado quando a grávida chega ao posto para se consultar. Se ela não for bem recebida, vai embora e dificilmente retorna”, alerta Hélio Franco.

SEM ATENÇÃO DEVIDA

Foi o que ocorreu no mês de julho com a doméstica Dayse Cristina Rodrigues Lobato, de 24 anos. Moradora do município de Igarapé-Miri, no nordeste paraense, a grávida de 7 meses acordou às 4h da manhã com hemorragia. Procurou ajuda médica, mas só conseguiu ser atendida às 7h30 no hospital da cidade.

O médico que examinou Dayse Lobato disse que ela não estava mais sangrando e diagnosticou apenas um quadro verminose. Após receitar medicamentos, mandou a grávida de volta para casa. O quadro de Dayse piorou no dia seguinte e ela foi encaminhada para a Santa Casa, em Belém, onde acabou sendo constatada uma infecção grave.

“A médica disse que eu poderia ter perdido o bebê, que eu poderia ter complicações na hora do parto”, conta a grávida. Dayse e o bebê ainda não estão fora de risco.

A infecção não cedeu totalmente, apesar da medicação. A mãe precisará ir à Santa Casa uma vez ao mês até o parto.

(Diário do Pará)

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