Mateus Ferreira, coordenador geral do sindicato, diz que existem muitos professores de inglês na rede pública estadual ociosos. “Ao invés de entregar quase R$ 200 milhões para um curso de inglês privado, o Governo deveria investir nesses profissionais que têm toda a capacidade de ministrar curso inicial de inglês para os alunos”.

Na verdade, esses professores, segundo ele, não estão sendo bem utilizados na rede, já que o idioma oficial nas escolas públicas é o espanhol. O inglês é optativo. Por conta disso, segundo ele, muitos professores estão tendo que voltar para a faculdade para complementar sua formação em espanhol. “Mas já que o Estado quer investir no inglês poderia fazer um projeto e lotar esses profissionais nas salas de aula”.

PRIORIDADES

O coordenador do Sintepp estranha que o Governo do Estado esteja utilizando 66% do valor total do convênio apenas para investir em cursos de inglês, quando certamente existem outras prioridades. Segundo ele não foi isso que o então secretário de Educação Cláudio Ribeiro colocou 
há dois anos.

Segundo Mateus, o convênio serviria para a formação continuada de professores, investimento em recursos tecnológicos e ,principalmente, para reformas das escolas, mas isso não vem ocorrendo. “O sucateamento nas escolas no Pará é enorme e o Estado gasta mais da metade do valor desse convênio com curso de inglês? ”.

O DIÁRIO entrou em contato com a assessoria de comunicação da Seduc, na tarde de ontem, para repercutir a decisão do Sintepp mas nenhum posicionamento foi encaminhado para a redação até o fechamento desta edição.

(Diário do Pará)

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