O quilômetro 182 da rodovia BR – 422 , próximo ao município de Tucuruí, região sudeste do Pará foi interditado por moradores de uma comunidade quilombola nesta terça-feira (1º),  em protesto pela retirada ilegal de madeira do quilombo.

De acordo com um representante dos manifestantes, Diogo Baía a via será liberada só após a chegada de representantes do governo.

“Sairemos do local só após conversarmos com representantes do governo, para que alguma atitude seja tomada para resolver o problema da retirada de madeira”, disse Diogo Baía.

Segundo os denunciantes, as empresas madeireiras adentram na área alegando que não sabem os reais limites da comunidade. O clima na via ainda é tenso. Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Guarda Municipal do município de Baião e o Grupo Tático da Polícia Militar estão no local para manter a ordem e negociar a liberação da rodovia.

Os moradores também denunciam os assassinatos na região, pois o governo trata com descaso a segurança de quem mora na região.

O trânsito na rodovia está bastante congestionado.

Crimes na região

No dia 23 de agosto uma mulher identificada por  Maria Madalena Lopes Pereira desapareceu e foi encontrada morta no três dias depois, ela havia sido estuprada e degolada. Familiares da vítima, suspeitam de empregados de uma madeireira que existe na entrada da comunidade quilombola, pois encontraram três homens em um caminhão madeireiro.

Após as ocorrências, a comunidade criou o Movimento contra Violência, e hoje foi marcada uma reunião para esta quarta-feira (02), no Núcleo de Apoio aos Povos Indígenas, Comunidades Negras e Remanescentes de Quilombo. Os moradores exigem a criação de uma delegacia de polícia para combater a violência.

(DOL com informações da PRF)

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