As famílias de Barcarena e Abaetetuba, prejudicadas pelo naufrágio do navio no Porto de Vila do Conde, vão receber assistência social do Ministério dos Portos. O anúncio foi feito, na noite de ontem (16), pelo ministro da pasta, Helder Barbalho. À tarde, ele esteve no porto para acompanhar o trabalho que vem sendo realizado desde o acidente, ocorrido no último dia 6. 

Segundo o ministro, cada família será beneficiada com 1 salário mínimo mensal, doação de água mineral e cestas básicas enquanto perdurar a operação de retirada dos bois mortos e do óleo do interior do navio. “Nesse momento, nossa prioridade é encontrar uma saída para que as famílias afetadas possam sobreviver, até que essas áreas voltem à sua normalidade”, informou Helder. As 5 mil cestas básicas serão doadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), graças à intervenção de Helder, e o cadastro dos beneficiários será realizado pela Prefeitura de Barcarena, com a certificação do Ministério Público Federal (MPF). A distribuição do auxílio foi combinada, ontem, em reunião com os moradores, e deve começar a ser realizada no início da semana. 

CONTENÇÃO

Helder também anunciou a aquisição de mais uma rede de contenção para reforçar as outras duas instaladas no entorno do navio. O objetivo é reforçar a proteção da área, evitando qualquer vazamento de óleo e carcaças que ainda estão dentro da embarcação. Segundo o ministro, a rede mede 7 mil metros, permitindo que o óleo seja retirado com mais rapidez. “Nossa prioridade é a retirada do óleo, para podermos, em seguida, remover a carcaça do navio”, disse o ministro dos Portos. 

A rede de contenção estava prevista para chegar durante a noite para começar a operar ainda hoje. Pelo menos 700 mil litros de óleo e 4 mil bois continuam dentro do navio. Segundo a chefe da Unidade Regional da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Ana Paula Fajardo, a instituição, que é responsável pela fiscalização portuária do País, lavrou 3 autos de infração contra o operador portuário, a agência marítima e o dono do navio, tendo como base as primeiras análises do acidente. Todos terão 15 dias para apresentar defesa. 

Helder informou, ainda, que seu Ministério está elaborando um plano de contingência especificamente para cargas vivas. “Este episódio fará com que a exportação de carga viva passe por uma revisão. Temos de estar preparados para eventos futuros”, concluiu o ministro.

(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)

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