O aumento na passagem das balsas que entram e saem no Porto da Foz do Rio Camará, na ilha do Marajó, a 30Km do centro da cidade de Salvaterra, tem gerado insatisfação à comunidade. Somente este ano, a Henvil, única empresa prestadora do serviço, teria reajustado duas vezes os valores, de acordo com o Movimento Acorda Marajó. “Isso é um absurdo, a empresa não fez nenhuma melhoria nos serviços”, reclama Dário Pedrosa, líder do movimento. 

De acordo com o representante do movimento, os principais problemas são: tempo de duração da viagem, que antes durava 2 horas e meia, hoje são 4 horas até o porto de Icoaraci, pois os motores das balsas estariam sucateados; banheiros, assentos em péssimas condições; atendimento sem qualificação; falta de acessibilidade e, ainda, inoperância da Arcon, a Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará, órgão responsável pela fiscalização das empresas de transportes. 

O Movimento Acorda Marajó, criado há 4 anos dentro da Universidade Federal do Pará (UFPA), tenta uma reunião com a Arcon e aguarda resposta de seu último pedido até a meia-noite de hoje. Caso não sejam atendidos, os integrantes do movimento prometem ocupar, no próximo dia 14, o prédio do Porto de Camará por tempo indeterminado, até que haja diálogo com a presidência do órgão. “Queremos a imediata quebra do monopólio da Henvil, somente assim, com concorrência, haverá melhorias”, enfatiza Dário.Caminhoneiros de Soure e Salvaterra também devem apoiar o movimento, segundo ele.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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