52.40% dos internautas aprovam a possibilidade de aborto em casos de microcefalia. Em enquete publicada no dia 1º de fevereiro no DOL, é citado um documento que será entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o direito ao aborto em casos de gestações de bebês com microcefalia. O texto está sendo elaborado por um grupo formado por advogados, acadêmicos e ativistas.

O movimento tem à frente a antropóloga Debora Diniz, que defende a tese de que as mulheres não podem ser penalizadas por falhas em políticas públicas e por isso devem ter o direito de optar pelo aborto legal. A pesquisadora já encabeçou o processo de autorização do aborto em caso de bebês anencéfalos, aprovado em 2012.

Já 47.60% dos internautas são contra a possibilidade. Seja por questões morais ou religiosas, o caso levanta polêmica principalmente na Igreja. Nesta quinta-feira (11), o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Sérgio da Rocha, voltou a criticar o aborto em casos de microcefalia de bebês, causada pelo zika vírus. “O aborto não é resposta para o zika. Nós precisamos valorizar a vida em qualquer situação ou condição que ela esteja”, disse.

O combate ao vírus zika, para Dom Sérgio, deve ser feito também combatendo outras enfermidades provocadas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue e chikungunya. “E que isso seja feito mobilizando a população com medidas preventivas e campanhas educativas, mas sobretudo com o empenho do poder público”, finalizou.

(DOL)

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