12 dicas para evitar assaltos na saída do banco

Nos últimos três anos tem aumentado a frequência de assaltos a agências bancárias paraenses, segundo dados disponibilizados pelo Sindicato dos Bancários do Estado. De janeiro a junho deste ano, já ocorreram 16 assaltos a esses estabelecimentos, sendo 7 tentativas entre fevereiro a julho. Na madrugada de ontem, o alvo de uma tentativa de assalto foi a cidade de Jacundá, no Sudeste paraense.

De acordo com o Coronel da Polícia Militar, Dilson Júnior, comandante de Policiamento da Capital, o cidadão precisa priorizar agências que possuam mecanismos de segurança, tais como o biombo – uma espécie de divisória privativa que dificulta a observação de terceiros a clientes, dentro do banco. Segundo Dilson Júnior, esse recurso reduziu em 80% o número de ocorrências de assaltos em uma unidade bancária na avenida Presidente Vargas, em Belém.

No entanto, o diretor do Sindicato dos Bancários do Pará, Sandro Mattos, comenta sobre o baixo investimento das instituições bancárias na segurança de clientes, além da ausência de políticas estaduais nessa área. “Os bancos investem de 4% a 12% de sua lucratividade em segurança. O Pará, no âmbito da polícia e segurança pública, não investe em segurança nos bancos”, relata.

LEGISLAÇÃO

Segundo orientação da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), as instituições seguem a Lei Federal 7.102/1983 e sua regulamentação, em que cada instituição financeira determina os padrões de segurança para suas agências de acordo com as características de sua rede de unidades.

Sandro Mattos acredita que o Estado do Pará poderia criar projetos de lei, para que os bancos investissem mais em segurança, pois a falta desses mecanismos são brechas para criminosos. Ele lembra que havia um grupo de trabalho criado em 2007 que tratava das questões de segurança nos bancos, mas foi extinto na primeira gestão do governador Simão Jatene, “o que altera significativamente o número de ocorrências de assaltos a bancos”, opina Sandro.

As modalidades mais usadas pelos criminosos, segundo Mattos, têm sido a “Explosão”, “Vapor” e “Sapatinho” - este último que compromete mais o profissional de banco, pois ele é obrigado a ficar com a chave do cofre, segundo determinação em lei. Para evitar esse tipo de ocorrência, o coronel dá algumas dicas.

Ao fazer uma retirada, nunca coloque o dinheiro fora de seu alcance. Durante as férias, segundo Dilson, o ideal é evitar fazer saques de grandes quantias. A PM informa que, em caso de roubo, é preciso acionar o telefone 190. Para denúncias anônimas, o número de contato é o 181. Veja acima, mais dicas de segurança.

(Wal Sarges / Diário do Pará)