Duas semanas antes do retorno às aulas das duas filhas, de 7 e 14 anos, a analista de sistemas Karol Miranda, de 33 anos, pesquisa os preços do material escolar, já que após o primeiro semestre alguns itens acabam e são necessários para o dia a dia das crianças. Em uma das lojas que ela visitou ontem, no centro comercial de Belém, Karol justificou a procura. “Às vezes consigo comprar algumas coisas mais baratas que no início do ano. Mas não deixo de pesquisar”, assegura.

A reposição que Karol precisa fazer é uma das preocupações dos pais no final das férias escolares. Caderno e lápis são alguns dos principais produtos. No entanto, o material reposto deve ser aquele de uso contínuo e exclusivo dos estudantes. Os demais não podem ser exigidos novamente pela instituição de ensino, além da lista do início do ano, como produtos de higiene, limpeza ou livros, é o que garante o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC).

O QUE COMPRAR?

Além de pesquisar, o economista Nélio Bordalo Filho orienta que algumas avaliações devem ser levadas em consideração na hora de poupar e evitar outro gasto nas compras escolares. O primeiro passo é identificar o que ainda pode ser utilizado pelo estudante, como caderno, uniforme, lápis e borracha. “Se tiver rasgado ou gasto, pode ser ajustado com manutenção. Deve – se comprar somente aquilo que realmente estiver faltando”, alerta. 

Outra dica é procurar ir à papelaria em grupos de adultos e fazer compras no atacado, além de não levar as crianças, pois elas optam pelos produtos de marcas mais caras. Bordalo afirma que nesse período não há grandes reajustes nos materiais escolares, pois o maior ganho dos lojistas permanece o do começo do semestre. Mas, o ideal é que o material da lista consiga suprir a necessidade do aluno durante todo o ano.

PROCURA

Por outro lado, Roselia Rocha, faturista de uma papelaria no centro comercial de Belém, diz que a procura pela reposição dos itens escolares aumenta a partir da última semana de julho, no entanto, a quantidade de material escolar vendido é menor em comparação a janeiro. Ela garante ainda que somente os produtos de marcas sofrem reajustes de 15% a 30% durante os 6 meses, os demais permanecem com os mesmos preços. Para ajudar na missão dos pais, o DIÁRIO pesquisou os principais produtos em 3 papelarias de Belém.

(Michelle Daniel/Diário do Pará) 

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