Empresários de linhas de ônibus de Belém acusam o prefeito Zenaldo Coutinho e a ex-presidente da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), Maísa Tobias, de entregarem ao empresário Jacob Barata todas as linhas que fazem o transporte pela via expressa, além das linhas do BRT entre as estações São Brás e Mangueirão.

A denúncia foi feita pelo blog Ver-o-Fato, do jornalista  Carlos Mendes. Jacob Barata é dono de frotas de transporte que fazem linha no Rio de Janeiro e em Belém, em especial pela avenida Augusto Montenegro.  Ele também foi citado na Wikileaks como dentetor de US$ 17,6 milhões em contas secretas na Suíça.

A denúncia ocorre cerca de uma semana após a revista Veja publicar uma reportagem afirmando que o Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos de Belém (Setransbel) teria dado R$ 2,15 milhões à campanha de Zenaldo para a prefeitura de Belém. Zenaldo chegou a tentar censurar a publicação da revista, mas a Justiça liberou a publicação.

Segundo os empresários Augusto Junior Viana e Raquel Viana, a Semob realizava blitz falsas para tirar ônibus de outras empresas de circulação, para tirar lucro das empresas até que fossem entregues para as empresas de Jacob.

Eles ainda afirmam que o congelamento das passagens determinado por Zenaldo foi uma forma de enfraquecer outras empresas, em detrimento da companhia de Jacob, que teria vantagens na concorrência.

De acordo com os empresários, com o tempo, os esquemas utilizados pela Semob acabaram por quebrar empresas de ônibus locais, como a Eurobus, até o ponto que a utilização do BRT foi cedida à Belém-Rio, empresa de Jacob.

Na própria reportagem, a ex-presidente da Semob afirma que negou os fatos, repudia as declarações, afirmando que são invenções.

(DOL)

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