Foram 10 assaltos em 2 meses. Essa é a rotina de um dos postos de gasolina do empresário Nélio Murta, que também é vice-presidente do Sindicato dos Distribuidores de Combustível do Pará (Sindicombustíveis-PA). Ele é obrigado a encarar a rotina de insegurança para conseguir manter seu negócio. “É algo que indigna o trabalhador”, admite.

Nélio denuncia que a segurança das revendas de combustíveis na capital paraense está tão precária que quando um posto é assaltado apenas uma vez a cada dois meses, é motivo de comemoração. Ele atribui a frequência dos assaltos ao grande fluxo de dinheiro em espécie que a atividade movimenta e, principalmente, ao fato de ser um negócio realizado em espaços abertos, “não temos porta, não temos como controlar quem entra e sai”, comenta o empresário.

ROTINA PERIGOSA

A principal queixa é por maior policiamento e segurança pública. “Os criminosos se aproveitam das rondas escassas da polícia, das localizações mais afastadas e dos dias de menor movimento, como domingos e feriados”, lembra Nélio. Opinião compartilhada por Andrei Costa, 47 anos, que há 8 trabalha como frentista em um posto na Travessa Djalma Dutra, no bairro do Telégrafo. 

Três semanas antes, ele sofreu uma tentativa de assalto enquanto trabalhava, às 11h30 da manhã. O trabalhador foi abordado por um homem armado de carro que fingiu ser um cliente. Felizmente, o assalto não foi concretizado, pois não havia dinheiro em caixa no momento. “Mas esse foi apenas um de vários. Dessa vez, dei um pouco de sorte”, confessa.

(Arthur Medeiros/ Diário do Pará)

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