Um grupo de médicos do Pronto Socorro Municipal Humberto Maradei Pereira, o PSM do Guamá, pararam as atividades dentro do hospital na noite desta quarta-feira (23). O protesto é contra a prefeitura de Belém.

Segundo um servidor do hospital, que prefere não se identificar, os médicos querem uma solução contra uma série de problemas que ocorrem no local de trabalho.

São eles: atraso no pagamento, diminuição do número de médicos na escala noturna que passou de quatro para três, péssimas condições de trabalho e principalmente a insegurança.

"No PSM do Guamá, a todo tempo chegam pacientes alcoolizados, drogados e de várias formas agressivos. Vários médicos, técnicos e até mesmo pacientes já foram roubados aqui dentro", informou.

A redução do número de agentes da Guarda Municipal no horário noturno é outro problema citado pelo servidor que agrava ainda mais a situação.

Ainda segundo o rapaz, que é ligado ao Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), os médicos que pararam as atividades foram até a delegacia de São Brás registrar um Boletim de Ocorrência para informar a situação.

"Somente dois setores estão com as atividades totalmente paradas: a pediatria e a clínica médica. Somente casos urgentes de cirurgia estão sendo atendidos", afirmou.

Os pacientes que chegam ao local, sem necessidade de um procedimento cirúrgico, estão sendo convidados a se dirigirem ao Pronto Socorro da travessa 14 de Março, no bairro do Umarizal.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou que a escala de médicos do HPSM Humberto Maradei Pereira (Guamá) está sendo readequada em virtude da diminuição da demanda do hospital, que após a reabertura do PSM da 14, em março deste ano, e a abertura da UPA da Sacramenta, em junho também deste ano, o fluxo de pacientes do PSM Guamá diminuiu em média geral de 2015 de 380 atendimentos diários para pouco mais de 250 a partir do segundo trimestre de 2016.

A Sesma informou ainda que somente a escala dos médicos da porta de entrada foi readequada, mas a escala dos profissionais dos outros setores se mantém, juntamente com o serviço de urgência e emergência do hospital. Em relação ao apoio da Guarda Municipal no Hospital, a Sesma ainda ressalta que a vigilância é feita normalmente por Guardas durante 24 horas independente da adequação da escala dos profissionais da saúde.

(DOL)

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