O Projeto Acadêmico Padrinho-Cidadão, desenvolvido pela Comissão de Combate ao Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho da 8ª Região, foi agraciado com Menção Honrosa no Prêmio Anamatra de Direitos Humanos 2016, em cerimônia ocorrida na noite do último dia 24 de novembro, no Rio de Janeiro. O projeto é coordenado pela desembargadora federal do Trabalho, Dra. Maria Zuila Dutra, e pela juíza da 2ª Vara de Trabalho de Belém, Dra. Vanilza Malcher.

O Pará tem 223 mil crianças e adolescentes em atividade trabalhista. A situação faz do Estado o campeão da região Norte no ranking nacional de exploração do trabalho infantil, com 55% dos casos registrados. A informação consta no balanço mais recente, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014. O Norte aparece na 2ª posição entre as regiões brasileiras, atrás apenas do Sul. 


Diante disso, a Comissão de Erradicação do Trabalho Infantil do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT/8) criou o projeto Padrinho-Cidadão. A ideia é ocupar o tempo vago dos alunos de escolas públicas municipais e estaduais, na faixa etária de 7 a 17 anos. O projeto apresenta ao voluntário o afilhado e a atividade que será desenvolvida, podendo ser com um ou mais alunos de escolas públicas escolhidas. 

Dentre as atividades, estão aulas variadas que são realizadas conforme o tempo do padrinho. A comissão realiza parcerias com instituições de ensino superior. Nesses locais, são realizadas palestras para apresentar o projeto, a fim de recrutar padrinhos, que podem ser estudantes de qualquer curso acadêmico.

(Diário do Pará)

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