A Justiça do Pará condenou, nesta terça-feira (6), o réu José Rodrigues Moreira a 60 anos de prisão em regime inicial fechado pelo envolvimento na morte do casal de extrativistas Maria do Espírito Santo e José Cláudio, assassinados no município de Nova Ipixuna em maio de 2011. Este é o segundo julgamento de José, apontado como o mandante do crime.

José Rodrigues Moreira foi condenado a 30 anos de prisão pela morte de José Cláudio Ribeiro da Silva e a mais 30 anos pela morte de Maria do Espírito Santo da Silva. As penas foram somadas e a quantidade final foi anunciada.

O julgamento iniciou às 8h, em Belém, sem a presença do réu, que está foragido. Há um mandado de prisão contra ele.  Das cinco testemunhas previstas para participar do júri, apenas uma apareceu, o colono Francisco Silva, que ocupava um lote de terra de José Rodrigues.

Além do depoimento, a manhã de julgamento foi marcada pela fala da acusação e defesa. Os promotores do Ministério Público afirmam que José adquiriu os lotes de forma de terra de forma ilegal e que “nutria ódio pelo casal”, que denunciava atividades madeireiras ilegais praticadas pelo réu. Eles ainda afirmam que as vítimas eram constantemente ameaçadas.

Durante a tarde, a acusação voltou a falar, afirmando que o material genético do irmão de José Rodrigues, Lindojonson, foi encontrado no local do crime.

O primeiro julgamento de José Rodrigues ocorreu em 2013, no município de Marabá, quando o réu foi absolvido. A sentença, entretanto, foi anulada por decisão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça e o caso foi desaforado para Belém.

(DOL)

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