Guardas municipais de Belém farão um protesto na próxima sexta-feira (10). Eles reclamam das péssimas condições de trabalho da categoria. Segundo a Associação dos Guardas Municipais de Belém (Agembe), os trabalhadores estão desestruturados. Faltam viaturas, armamento adequado e efetivo de guardas suficiente para dar conta dos números excessivos de postos de serviço da cidade. 

Eles também querem reajuste salarial e o pagamento de gratificações atrasadas. “Já faz dois anos que nosso salário não é reajustado. O preço de tudo aumenta, mas nós não temos condições de acompanhar”, explica o presidente da associação, Valdo Furtado. O reajuste do auxílio alimentação e as gratificações de férias também não foram pagos desde o mês de dezembro. 

Valter cita o caso do guarda Wellinson Figueiredo, morto a tiros em uma escola municipal no Conjunto Catalina, no bairro do Mangueirão, no dia 9 de janeiro, como exemplo da falta de segurança a que esses trabalhadores estão expostos. “Não tem guardas suficientes para dar suporte a tantos postos de serviço e garantir a segurança dos trabalhadores e da população”, conta. 

Segundo o presidente, muitas viaturas patrulham com apenas dois guardas municipais, quando o correto deveria ser quatro por veículo. A categoria já emitiu vários relatórios, através do Comando Geral, exigindo medidas da Prefeitura de Belém, assim como já denunciou a situação para o Ministério Público Estadual, iniciativas em que não obtiveram nenhuma resposta. O ato será na frente da sede da Guarda, na avenida Pedro Álvares Cabral, a partir das 8h.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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