A chuva que caiu na tarde de ontem castigou muitas ruas de Belém e Ananindeua, por causa dos alagamentos. No bairro do Una, em Ananindeua, a rua Haroldo Veloso encheu logo nos primeiros minutos da chuva, na parte mais baixa. 

Para piorar a situação, a lateral da via está tomada pelo mato. Um muro irregular feito por uma moradora dificulta ainda mais o escoamento da água. “Essa lama demora muito para secar porque a água fica empossada até o dia seguinte”, reclama o morador José Cardoso. Sem alternativa, algumas pessoas enfrentaram o alagamento, mesmo correndo o risco de contrair doenças. “Fazer o que, né? A gente precisa sair de casa”, diz a moradora Andréa Lima.

Veja imagens do alagamento.

PREJUÍZOS

No conjunto Panorama XXI, no bairro Mangueirão, em Belém, a rua Antônio Vinagre, principal via da área, também ficou tomada pela água. O local que mais alaga é a feira, onde ficam várias lojas, restaurantes e barracas de frutas e legumes. 

Sem alternativa, moradores caminham na rua alagada. (Foto: Celso Rodrigues/Diário do Pará)

Os comerciantes dizem que o alagamento espanta a freguesia. “As pessoas não encostam para comprar porque fica tudo inundado. É o maior prejuízo e ninguém faz nada”, reclama a lojista Maria de Lourdes. Segundo ela, a parte alagada piora com a chuva. Porém, a água não seca há mais de uma semana devido a um vazamento da caixa d’água da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa). 

Para piorar a situação do conjunto, o alagamento esconde um buraco aberto por uma obra de asfaltamento, da Prefeitura de Belém. Há cerca de 1 ano, os moradores ligam para a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) para pedir o fechamento da cratera, masnão adiantou. 

“Muita gente e veículos já caíram nesse buraco”, diz o comerciante Sérgio Freitas. A chuva prejudicou até mesmo as áreas asfaltadas. Na avenida Augusto Montenegro, por exemplo, parte da pista localizada ao lado do BRT, próximo ao Entroncamento, também ficou alagada. A água invadiu a via, causando uma grande lentidão no trânsito. A Sesan e a Cosanpa foram contatadas, mas não se manifestaram até o fechamento desta edição.

(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)

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