Há um ano diagnosticado com câncer no testículo e estômago, o estudante Erick Cristiano Guedes, de 22 anos, enfrenta outra batalha: os remédios necessários para o tratamento de combate à doença estão em falta no Hospital Ophir Loyola (HOL).

De acordo com o pai do jovem, Erick Guedes, o filho faz tratamento no HOL há 6 meses, mas os medicamentos começaram a faltar desde o final do mês passado, durante o 3º ciclo. Na última quarta-feira (10), quando o paciente chegou ao hospital para mais uma sessão, foi informado que não havia nenhum remédio. Agora, a família do rapaz está preocupada com a saúde de Erick.

DESESPERO

“Entrei em desespero. Antes só tinham dois dos três remédios, depois apenas um, agora nenhum. O pior é que não há previsão para chegar a medicação. As enfermeiras orientaram que a gente ficasse monitorando por telefone, mas acho que é preciso fazer alguma coisa”, diz Erick, pai do paciente. Segundo a família do jovem, depois que as medicações foram reduzidas, Erick passou a sentir novamente dores. “Isso quer dizer que apenas um remédio não estava mais fazendo efeito”, acrescenta o pai.

Em menos de 1 ano, o estudante retirou o tumor do testículo, mas a doença afetou todo o corpo e acabou se espalhando para o estômago. Ele precisa realizar 6 ciclos de quimioterapia para que o nódulo resseque e possa ser retirado. Mas para que a cirurgia aconteça, as sessões de quimioterapia devem ser completas. Depois disso, Erick será submetido ao mesmo tratamento, dessa vez, para eliminar todas as células cancerígenas que restarem.

“O caso é complexo. Meu filho vai todos os dias para o Ophir, mas na quarta-feira ele chegou em casa dizendo que não tinha mais remédio. É impossível não se desesperar”, desabafa Erick Guedes. A reportagem procurou esclarecimentos do HOL, mas até o fechamento desta edição, a assessoria de comunicação não deu retorno.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

MAIS ACESSADAS