O Brasil é o país recordista em cesarianas no mundo. Enquanto a Organização Mundial da Saúde recomenda índice de 15%, no país os números chegam a cerca de 50% nesse tipo de parto.

Mas na enquete promovida pelo DOL nesta semana, somente 25% das internautas disseram que realizaram cesariana ou optaram por ela para o filho que vai nascer.

“Eu fiz três cesáreas e não me arrependo. Nunca tive vontade de ter parto normal, sempre tive medo. Na cesárea tem toda uma estrutura e acompanhamento”, disse a internauta Fabi Sol.

“Minha recuperação foi ótima, fui muito bem medicada e não sei o que é a dor de parto. Acho que se fosse normal, aí sim eu sentiria dor. Se tiver um outro filho, faria cesárea novamente”, escreveu a internauta Flavinha.

“Eu, particularmente, não gostei do parto cesariana. Vi minhas colegas de quarto tudo tendo normal e, em seguida, já estavam prontas pra outra. Eu fiquei parecendo uma morta-viva com muitas dores para levantar ou fazer qualquer movimento”, argumentou a internauta Milly.

Entre as internauta do DOL, 65.63% optaram pelo parto normal e 9,38% disseram que queriam normal, mas precisaram fazer a cesariana.

 DIMINUIÇÃO

Pela primeira vez desde 2010, o número de cesarianas na rede pública e privada de saúde não cresceu no país. Dados divulgados em março deste ano, pelo Ministério da Saúde, revelaram que esse tipo de procedimento, que apresentava curva ascendente, caiu 1,5 ponto percentual em 2015. Dos 3 milhões de partos feitos no Brasil no período, 55,5% foram cesáreas e 44,5%, partos normais.

Para o ministério, a estabilização das cesarianas no país é consequência de medidas como o investimentos em 15 centros de Parto Normal; a maior presença de enfermeiras obstétricas na cena do parto e a atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar junto às operadoras de planos de saúde.

 (DOL)

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