A série de mortes de gatos, possivelmente por envenenamento, na área da Feira da Pedreira, em Belém, levantou suspeitas sobre a conduta de alguns feirantes e causou revolta em moradores e defensores dos animais.

De acordo com Raquel Viana, proprietária do abrigo Au Family, as mortes teriam ocorrido na última quinta-feira (15). Alguns gatos conseguiram resistir ao veneno e foram socorridos. Outros, no entanto, teriam ingerido alimentos com veneno colocados pelos feirantes.

Ainda segundo Raquel, o problema seria mais amplo e motivado pela inoperância da Prefeitura de Belém no controle de natalidade de animais e também em um melhor tratamento em algumas áreas que acumulam grande quantidade de restos de alimentos.

"Isso acontece porque temos uma prefeitura inoperante, que não serve para nada. Esse 'castramóvel' não funciona", desabafou, citando uma ação da prefeitura que prevê a castração de alguns animais através de unidade móvel.

Ainda de acordo com ela, um ato está programado para a manhã de sábado (17), na Feira da Pedreira, para cobrar medidas sobre o caso.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) esclarece que o Centro de Controle de Zoonoses recolhe regularmente animais que estão em feiras, mercados, hospitais, escolas e outros espaços públicos, que possuem alguma zoonose, como raiva, leptospirose e leishmaniose, oferecendo riscos para a população.

A Sesma ressalta que tem investido na castração de cães e gatos domiciliados e em situação de rua para controle populacional destas espécies. As cirurgias são realizadas tanto no CCZ quanto no castramóvel, veículo itinerante com centro cirúrgico para esterilização destes animais.

A Divisão Especializada em Meio-Ambiente (DEMA) informou em nota que recebeu formalmente uma denúncia do caso, que está sendo tratado como “crime ambiental”. Após ouvir as testemunhas, a DEMA “determinou que uma equipe policial fosse até a feira da Pedreira para apurar os fatos e tentar identificar o responsável pelos crimes”

(DOL)

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