Um mutirão para conscientizar a população sobre os sinais e sintomas do AVC – popularmente conhecido como derrame -, segunda maior causa de morte no país, acontece em Belém, hoje de manhã. No evento serão oferecidos serviços de aferição de pressão arterial, mensuração de glicemia no sangue, além da distribuição de panfletos e exibição de vídeos educativos.

Segundo o neurologista Fernando Paschoal, organizador da ação, o AVC pode acontecer de duas formas: a mais comum é a isquêmica, em que há a obstrução de um vaso sanguíneo, impedindo a passagem de sangue e de oxigênio para as células cerebrais, podendo causar a morte de tais células, chamadas de neurônios. Já na forma hemorrágica do AVC, uma artéria se rompe dentro do cérebro, provocando sangramento local.

“O objetivo do mutirão é mostrar às pessoas que o AVC, a principal causa de incapacidade física no mundo, é uma doença prevenível e tratável. Sabe-se que 90% dos fatores de risco para o AVC são modificáveis, tais como pressão alta, diabetes, tabagismo, obesidade e sedentarismo, por isso, a conscientização é um dos caminhos para diminuirmos o número de casos”, afirma o especialista.

IDENTIFICAÇÃO

Além disso, ele reforça que reconhecer rapidamente os sinais e sintomas do AVC, tais como perda de força de um lado do corpo, assimetria da face, dificuldade para falar e dor de cabeça diferente da habitual e de início súbito, é fundamental, pois o atendimento ao paciente deve ser feito imediatamente. “Quanto mais tempo se passa, maiores são as chances de sequelas, como dificuldades de linguagem, visual, movimentação e até mesmo o comprometimento de outros domínios cognitivos como a memória, que podem deixar o paciente com incapacidade funcional importante”, finaliza Paschoal.

(Diário do Pará)

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