Na manhã desta segunda-feira (26), moradores do entorno ao aterro sanitário de Marituba, na Região Metropolitana de Belém (RMB) liberaram a entrada do trecho que dá acesso a área onde os resíduos são despejados. A interdição foi iniciada às 17h da última quinta-feira (22).

Na última semana, através de nota, a empresa Guamá Tratamento de Resíduos, responsável pelo aterro, diz que a paralisação das atividades é resultado da ação de grupos isolados, que fecharam o acesso ao empreendimento.

A nota segue informando que a empresa repudia e lamenta o ocorrido e classifica o bloqueio como mais um episódio de uma série de tentativas recentes de boicote contra suas operações.

MP também investiga questão

Há dez dias, os problemas causados pelo aterro sanitário localizado em Marituba, na Região Metropolitana de Belém, voltaram a ser debatidos nesta semana, durante uma audiência realizada na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Durante o evento, a promotoria do Ministério Público do Estado (MPPA) informou que está tomando providências nas esferas cível e criminal para apurar a responsabilidade pelos danos causados pelo empreendimento.

A presença do aterro no município é bastante criticada pela população, que reclama do forte odor exalado pelo local. Os moradores do município chegaram a interditar duas vezes a entrada do aterro no começo do ano, como forma de protesto. Eles afirmam que o mau cheiro tomou conta da cidade, prejudicando estudantes, pacientes de hospitais, trabalhadores e população em geral, além de estar poluindo a região.

Segundo o MPPA, um inquérito civil está em curso, e a promotoria aguarda laudo do Instituto Médico Legal (IML) para subsidiá-lo. Ao final desse processo, a instituição irá dimensionar os impactos causados e tomar medidas judiciais para responsabilizar possíveis envolvidos.

(DOL)

MAIS ACESSADAS