O barco que afundou em Porto de Moz com pelo menos 48 pessoas a bordo na noite da terça-feira (22) foi trazido à superfície durante uma operação especial realizada nesta quinta-feira (24). As informações são da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup-PA).

Até o momento foram encontrados 21 corpos durante as operações de resgate. 23 pessoas sobreviveram e 6 ainda continuam desaparecidas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os corpos foram achados flutuando, a uma distância de cerca de quatro quilômetros do local onde está embarcação. 

O barco Capitão Ribeiro saiu da cidade de Santarém na noite de segunda-feira (21) com destino a Vitória do Xingu, com paradas programadas nos municípios de monte Alegre e Prainha. A hipótese levantada pelas autoridades é de que a tempestade que se instalou durante a noite e as más condições da embarcação tenham sido as causas do naufrágio.

Durante a operação foi utilizado um sistema de mecânica com cabos de aço para puxar o barco, que estava quase todo submerso. Segundo o órgão, isto ajuda nos trabalhos de buscas, uma vez que o barco agora está visível.

Segundo a Arcon (Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos), a embarcação Capitão Ribeiro não tinha licença para fazer transporte de passageiros. A empresa Almeida e Ribeiro Navegação será autuada por transporte clandestino de passageiros. 

20 DIAS. DOIS NAUFRÁGIOS

O acidente na Ponte Grande do Xingu acontece 20 dias após outro naufrágio no Pará, no rio Amazonas e que resultou em 9 desaparecidos.

Até então, este caso era considerado o maior acidente em número de desaparecidos ou mortos desde 1981.

Este naufrágio ocorreu no dia 2 de agosto, após uma colisão entre um navio cargueiro e um comboio de nove balsas, entre as cidades de Óbidos e Oriximiná, no oeste paraense. Os corpos das vítimas ainda não foram resgatados até hoje.

(DOL)

MAIS ACESSADAS