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No chumbão da gráfica, foi impresso o sonho pela democracia

“Eleição Limpa”. A frase, contida em uma entrevista do desembargador Nelson Amorim, então presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ao repórter Francisco Alencar, foi a manchete do DIÁRIO DO PARÁ, em sua primeira edição, no dia 22 de agosto de 1982.

“Eleição Limpa”. A frase, contida em uma entrevista do desembargador Nelson Amorim, então presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ao repórter Francisco Alencar, foi a manchete do DIÁRIO DO PARÁ, em sua primeira edição, no dia 22 de agosto de 1982. A já memorável capa que chegou nas ruas aquele dia, mostrava que o jornal lutava pela democracia e também em favor dos leitores.

Naquele ano, a ditadura militar ainda dava as cartas. Mas o movimento pela Democracia era crescente. No poder, os militares estavam divididos. Um grupo trabalhava para conduzir a abertura política de maneira gradual, mas enfrentava a resistência dos que ainda pregavam o endurecimento do regime. Nas ruas, os brasileiros clamavam pela redemocratização do País. Queriam ir às urnas. Foi a primeira eleição para governador desde 1965.

No dia 15 de novembro de 1982, 45 milhões de brasileiros foram às urnas. A oposição conquistou os governos de 9 Estados. No Rio de Janeiro, o eleito fora Leonel Brizola; em São Paulo, Franco Montoro; em Minas, Tancredo Neves; no Pará, os oposicionistas chegaram ao poder pelas mãos do jovem deputado federal Jader Barbalho, então com 37 anos. Apesar da idade, Jader já era uma importante liderança política. Tinha exercido os cargos de vereador e deputado estadual e havia sido o deputado federal mais votado.

A sentença jornalística de Laércio Wilson Barbalho, idealizador e fundador do DIÁRIO, se concretizou, enfim. Laércio também realizou o sonho de trazer aos paraenses um jornal mais combativo e que desafiava o regime autoritário da época. Especialistas da época previam que logo após a campanha para o governo do Estado que elegeu Jader Barbalho, em 1982, o DIÁRIO desapareceria. Quebrando todas as previsões negativas, o jornal manteve-se sempre firme ao compromisso do primeiro editorial: “Chegamos para ficar...”.

IMPRESSÃO

A disputa pela hegemonia na Imprensa escrita era grande: de um lado O DIÁRIO surgia como um jornal sem tecnologia, impresso pelo sistema de “chumbão”. Do outro, dois concorrentes de peso – ”O Liberal” e “A Província do Pará” – com leitura cativa e com sucesso editorial superior, sendo impressos já no sistema offset. Laércio já havia trazido as máquinas que rodariam o jornal de Bauru, em São Paulo, de uma oficina velha e já sucateada. A primeira edição levou 25 horas para ficar pronta. Para suprir as carências foram contratados os mais modernos linotipistas da época.

As máquinas de linotipo vieram de São Paulo e o método de impressão a quente - o chamado “chumbão” - funcionou durante 17 meses. O DIÁRIO foi pioneiro do sistema offset no Estado e a fotocomposição acelerou o processo de impressão e modernizou o mercado. Quando Jader ganhou a eleição para governador a redação saiu da rua dos Mundurucus e foi transferida para outro prédio, na rua Gaspar Viana.

(Diário do Pará)

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